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I Simpósio Internacional de
Atendimento a Desastres |
Entre os
dias 30 de março e 1º de abril, a SPDM –
Associação Paulista para o Desenvolvimento
da Medicina, a Associação Médica Brasileira
(AMB), a Associação Paulista de Medicina e
a Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista
de Medicina realizaram o I Simpósio Internacional
sobre medicina em desastres, coordenado pelo dr. José
Luiz Gomes do Amaral, vice-presidente da SPDM e presidente
da AMB. A iniciativa conjunta, que objetiva capacitar os
médicos para atuar em situações de
catástrofe e formar multiplicadores, reuniu especialistas
nacionais e internacionais. Segundo o dr. Rubens Belfort
Jr., presidente da SPDM, a rede SPDM – Hospital São
Paulo, dez hospitais afiliados e Programa de Atenção
Básica e Saúde da Família – está
mobilizada no sentido de se estruturar para esse tipo de
ocorrência e treinar a população para
o enfrentamento de catástrofes, bem como adotar medidas
preventivas.
Conforme a AMB, aconteceram 133% mais catástrofes
que afetaram 76% mais pessoas entre 2000 e 2009 em comparação
ao período entre os anos de 1980 a 1989. Desde o
início da década, ocorreram em média,
no mundo, 484 desastres naturais por ano. Somados, esses
acontecimentos provocaram cerca de 1 trilhão de dólares
em prejuízos, provocando a morte de 1 milhão
de seres humanos.
A cerimônia de abertura do simpósio, conduzida
pelo dr. José Luiz Gomes do Amaral, teve a participação
de representantes das secretarias de Saúde do estado
e do município; Ministério da Defesa, diretoria
de Saúde da Marinha, Exército e Aeronáutica;
Polícia Militar de São Paulo/Corpo de Bombeiros;
Serviço de Atendimento Móvel de Urgência;
hospitais públicos e privados. Além dos especialistas
brasileiros, o evento contou com a presença de palestrantes
da Sociedade Portuguesa de Cuidados Intensivos, também
credenciados pela Sociedade Americana de Terapia Intensiva.
Durante seu discurso, Amaral lembrou as recentes tragédias
do Haiti, do Chile e de Angra dos Reis e os conflitos do
norte da África e Oriente Médio, afirmando
que a sociedade precisa se mobilizar de maneira harmônica
nessas situações.
O ponto alto do evento ficou por conta da participação
do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que discursou
para os presentes, no anfiteatro Leitão da Cunha.
O ministro falou da importância do evento, lembrando
que atualmente os desastres estão entre as principais
causas de morte no mundo, segundo a Organização
Mundial da Saúde (OMS).
Segundo Padilha, os próximos passos do ministério
são elaborar um protocolo nacional de enfrentamento
a desastres e criar um programa permanente de capacitação,
aproveitando a capacidade dos hospitais federais.
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Dr.
José Luiz Gomes do Amaral, presidente da AMB e vice-presidente
da SPDM |
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Dr.
Paulo Maia, presidente da Sociedade Portuguesa de Cuidados
Intensivos |
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Dr.
Alexandre Padilha, ministro da Saúde |
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Dr.
Rubens Belfort Jr., presidente da SPDM |
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Dr.
Walter Manna Albertoni, reitor da Unifesp, dr. José
Luiz Gomes do Amaral e dr. Paulo Augusto de Lima Pontes, diretor
academico do campus São Paulo - Unifesp |
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Família
de famosa pintora brasileira faz doação
para o Projeto Xingu
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A
SPDM recebeu uma doação da família da
grande artista plástica Niobe Xandó. Lourdes
Xandó, filha da pintora, por intermédio de Marina
Villas Bôas – viúva do sertanista Orlando
Villas Bôas –, fez uma doação pontual
e se comprometeu a fazer doações mensais em
benefício do trabalho realizado pelo Hospital São
Paulo/SPDM e pela Unifesp no Parque Nacional do Xingu.
Segundo Lourdes Xandó, como os pais eram membros do
Partido Comunista Brasileiro, a casa da família se
transformou num verdadeiro comitê onde aconteciam as
reuniões do partido. “A casa era frequentada
por todo tipo de gente, como o dr. Belfort (avô do dr.
Rubens Belfort Jr., atual presidente da SPDM), o dr. José
Rosemberg, o dr. Samuel Pessoa, o dr. Saad, o Mario Schemberg.”
Ela conta que Niobe contraiu segundas núpcias com Alexandre
Block, nascido na antiga Tchecoslováquia, intelectual
que deu muito apoio a ela na parte artística. “Quando
ocorreu a queda do comunismo, meu padrasto recebeu de volta
todos os bens anteriormente confiscados, que eu recebi em
doação. Sempre alimentei a ideia de dar um destino
a esse dinheiro, doando não só à família,
mas também a instituições filantrópicas
que trabalham com seriedade. Há cerca de 15 anos, participo
de uma instituição que trabalha com moradores
de rua, onde colaboro com o transporte das crianças
da periferia para os hospitais, mas também tinha o
desejo de colaborar na área da saúde indígena.
Trabalhei alguns anos no centro de voluntariado, mas nunca
aparecia nenhuma instituição que trabalhasse
com os índios. Então, lembrei-me de consultar
a Marina Villas Bôas e fiquei muito tranquila com a
indicação dela. Portanto, pretendo colaborar
no trabalho da SPDM por muito tempo. Acompanho pelos jornais
o trabalho que a instituição realiza junto aos
índios do Xingu. Os esforços do dr. Rubens,
do dr. Baruzzi, e as matérias sobre o Prêmio
Chico Mendes, ganho recentemente. Estou muito contente de
ter encontrado as pessoas certas.”
Niobe Xandó
A pintora e desenhista Niobe Xandó (São Paulo,
1915), considerada a precursora do realismo mágico
no Brasil e autora de uma produção repleta de
simbolismos e elementos gráficos, faleceu em 2010,
vitimada por problemas decorrentes do mal de Alzheimer.
Projeto Xingu
Há mais de 40 anos, a SPDM/Hospital São Paulo
(entidade privada e filantrópica) e a Escola Paulista
de Medicina, hoje parte da Universidade Federal de São
Paulo (Unifesp), atuam em conjunto, proporcionando assistência
médica, clínica e cirúrgica na região
amazônica e no Hospital São Paulo, produzindo
conhecimentos científicos importantes, além
de contribuir para a formação de recursos humanos
e de líderes comunitários, principalmente nas
áreas de educação e saúde, relacionados
às comunidades indígenas e válidos para
toda a região amazônica. |
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Hospital Pirajussara/SPDM desenvolve
projeto de coleta de material de RX |
O Hospital
Geral de Pirajussara deu início a um programa de coleta
de radiografias antigas, garantindo uma destinação
final adequada ao material e aproveitando para educar a população
sobre a importância da coleta seletiva dos diversos
tipos de resíduos, que podem contaminar solos e rios
quando jogados no lixo comum.
É o caso das chapas, que são compostas de acetato,
plástico que leva mais de cem anos para se decompor,
e prata, um metal pesado importante no processo de fixação
de imagens. Graças aos métodos atuais, é
possível obter um grau de pureza final da prata reciclada
da ordem de 99%. Isso diminui a necessidade de importação
do minério, do qual o Brasil possui uma reserva estimada
de 0,2% do mercado mundial. Para cada tonelada de radiografias
recicladas, obtêm-se cerca de 10 quilos de prata.
O descarte, porém, só deve ocorrer com o aval
do médico. “Há exames que precisam de
referencial comparativo e devem ser guardados por alguns anos”,
alerta o dr. Nacime Mansur, superintendente da Rede de Hospitais
Afiliados da SPDM. |
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Hospital
São Paulo recebe doação da Fundação
Salvador Arena |
O Hospital
São Paulo/SPDM recebeu da Fundação
Salvador Arena doação no valor de R$ 1,2
milhão para reforma das Unidades de Internação
de Hematologia e de Transplantes de Medula Óssea.
Segundo a fundação, a iniciativa tem por
objetivo adequar a área às normas e aos
padrões exigidos pelo Ministério da Saúde,
para melhor atender a população. “Os
apoios ao Hospital São Paulo têm sido motivo
de contentamento e alegria para a Fundação,
reconhecendo nesse parceiro e em seus projetos os mesmos
valores e ideais humanitários proclamados pelo
nosso desejo mútuo de dar acesso gratuito a serviços
dignos de saúde pública e com qualidade
à população. Apoiar a restauração
das Unidades de Internação de Hematologia
e TMO do Hospital São Paulo, portanto, dá
sentido a essas aspirações”, diz a
dra. Regina Celi Venâncio, presidente da Fundação
Salvador Arena.
A parceria entre as duas instituições não
é recente. “Em 2002, a fundação
patrocinou a primeira reforma do TMO, que possibilitou
a ampliação da unidade de internação
de um para três leitos”, conta o prof. dr.
José Roberto Ferraro, superintendente do Hospital
São Paulo. Nos anos seguintes, teve sequência
com a doação de colchões, de cadeiras
de rodas e de uma maca retrátil para ambulância
para o Hospital São Paulo (HSP).
A Unidade de Internação de Hematologia e
Transplante de Medula Óssea do Hospital São
Paulo é referência na realização
de transplante de medula óssea e tratamento de
doenças hematológicas. Oferece atendimento
gratuito a portadores de leucemias, linfomas e mielomas,
por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).
A FUNDAÇÃO
A Fundação Salvador Arena é uma instituição
civil, com finalidade filantrópica, de direito
privado e sem fins lucrativos. Foi constituída
em 1964, na cidade de São Bernardo do Campo, no
estado de São Paulo, tendo como instituidor o engenheiro
Salvador Arena, falecido em 1998, cuja memória
é reverenciada em razão dos esforços
por ele realizados para a melhoria das condições
de vida da população em geral. Entre os
vários programas de atendimento à comunidade
realizados pela Fundação Salvador Arena,
destaca-se o da saúde, representado pelo apoio
a hospitais beneficentes e filantrópicos do Grande
ABC, de São Paulo e outras localidades do país,
tais como: as Santas Casas, o Hospital São Paulo
e o Hospital Santa Marcelina, entre outros. Esse trabalho
visa ampliar o acesso de pessoas em situação
de vulnerabilidade ou risco social a determinados serviços
de saúde gratuitos.
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Médicas
fazem a diferença no tratamento de portadores de cardiopatia
congênita do recém-nascido |
As
mulheres fazem a diferença na Cardiologia Pediátrica
do Hospital São Paulo. São oito médicas,
cardiologistas de formação e pediatras que,
graças à sua dedicação e a seu
empenho, obtêm excelentes resultados no tratamento
de portadores de cardiopatia congênita do recém-nascido,
problema que acomete um número significativo de bebês.
“De cada mil nascidos vivos, cerca de oito a dez crianças
têm cardiopatia, número que tem crescido graças
ao aumento do número de diagnósticos”,
conta a dra. Célia Silva, cardiologista pediátrica.
A cardiopatia congênita do recém-nascido ocorre
na formação do coração, ainda
quando a criança está dentro do útero
e já nasce com um problema estabelecido. Acontece
nos três primeiros meses de gravidez e pode ser suspeitada
pelo ultrassom morfológico. Nesses casos, é
solicitado um exame mais sofisticado realizado pelo cardiologista,
que é o ecocardiograma fetal, também indicado
quando existe histórico familiar, doenças
maternas, malformações em outros órgãos
ou suspeita de alguma síndrome genética –
uma das mais comumente associadas à cardiopatia é
a síndrome de Down.
Segundo a especialista, o diagnóstico intrauterino
é importante porque nas cardiopatias complexas –
de 1% a 2% – há necessidade de intervir assim
que a criança nasce. “Se o médico já
tem essa informação, fica tudo programado.”
Casos mais leves não precisam de intervenção
precoce e alguns não necessitarão de nenhuma
intervenção no decorrer de suas vidas. “Muitas
vezes só são detectados durante um exame de
rotina.”
As malformações cardíacas congênitas
apresentam amplo espectro clínico, compreendendo
desde defeitos que evoluem de forma assintomática
até aqueles que determinam sintomas importantes e
alta taxa de mortalidade. Entre elas a estenose pulmonar
crítica, casos graves de Tetralogia de Fallot (Baby
Blue), transposição das grandes artérias
e ventrículo único. Grande parte dos casos
– 90% – não tem uma causa clara, mas
pode acontecer em decorrência de diabetes materna,
rubéola, extremos de idade – mães muito
jovens ou primigestas idosas, uso de alguns medicamentos,
uso de drogas ilícitas e alcoolismo.
Tratamento
A dra. Célia Silva conta que, a partir de 1975, a
detecção e o tratamento dessas anomalias passaram
por uma série de avanços, como a disponibilidade
do ecocardiograma e do medicamento chamado de prostaglandina,
além da cirurgia de Jatene – técnica
para correção da transposição
de grandes artérias que de uma forma geral melhorou
o resultado da cirurgia cardíaca para todos os tipos
de cardiopatia complexa. De acordo com o caso, pode-se optar
por cateterismo, por exemplo, quando o bebê nasce
com uma válvula obstruída, por cirurgias definitivas
ou paliativas, estas realizadas cada vez com menor frequência,
até que a criança tenha condições
de fazer a definitiva.
Segundo ela, no início, o índice de mortalidade
na cirurgia de Jatene era de 75%, e hoje caiu para 2% nos
melhores centros do mundo. “Hoje os cirurgiões
cardiopediatras especializados fazem esse tipo de cirurgia
com resultados cada vez melhores.” O serviço
do Hospital São Paulo, por exemplo, teve um aumento
de 62% da demanda, com duas cirurgias semanais, fora as
urgências, ou seja, em torno de 200 procedimentos
por ano. “A maioria das cardiopatias congênitas,
quando tratada no tempo adequado, permite a recuperação
da saúde do paciente e sua adequada integração
à sociedade, possibilitando melhores condições
intelectuais e capacidade para o trabalho”, completa
a dra. Luciana Fonseca, cirurgiã cardiovascular da
Cardiologia Pediátrica do Hospital São Paulo.
A intervenção intrauterina é o grande
avanço esperado para este milênio. “Têm-se
feito algumas intervenções, mas o procedimento
ainda não entrou na rotina da cirurgia cardiopediátrica.
A cardiologia fetal ainda é recente e, portanto,
temos muito que aprender. É desafiador”, explica
a dra. Célia Silva. “A Escola Paulista de Medicina
(EPM) e o Hospital São Paulo desempenham importante
papel nesse processo, pois, além do tratamento aos
pequenos cardiopatas, propiciam treinamento de cardiologistas
pediátricos, intensivistas, cirurgiões cardíacos,
anestesiologistas, enfermeiros, fisioterapeutas, perfusionistas
e outros profissionais envolvidos no tratamento das crianças
portadoras de cardiopatia congênita”, finaliza
a dra. Luciana Fonseca.
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Parceria da SPDM promove qualidade de vida por meio do esporte |
Desde 2008, a SPDM mantém
com a Secretaria Municipal de Esportes, Lazer e Recreação
de São Paulo o programa Saúde no Esporte,
que promove qualidade de vida por meio da prática
esportiva para munícipes de todas as idades. Segundo
o secretário Walter Feldman, o Saúde no Esporte
não é um programa de prevenção.
“É promoção da saúde,
para que o cidadão tenha um crescimento, uma idade
adulta e um período de envelhecimento com qualidade
de vida.”
Bastante abrangente, o Saúde no Esporte está
presente em três áreas. O Quiosque da Saúde
oferece orientação física e de saúde
aos frequentadores do Parque do Ibirapuera. Já o
Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa (COPT)
oferece atendimento aos atletas, por meio de equipe multiprofissional,
com exame pré-participação, bem como
nas patologias decorrentes ou impeditivas da prática
esportiva, nas áreas de clínica médica,
cardiologia, ortopedia, pediatria, ginecologia, enfermagem,
fisioterapia, psicologia, odontologia e nutrição.
Na terceira área, equipes multidisciplinares atuam
nas unidades do Clube-Escola, com objetivo de melhorar a
qualidade de vida e diminuir as comorbidades de cerca de
11 mil usuários por mês. Originalmente criados
para complementar as atividades dos alunos de escolas públicas,
hoje os Clubes-Escola são frequentados por munícipes
de todas as idades. Segundo o secretário Walter Feldman,
uma parcela significativa de frequentadores dos Clubes-Escola
é formada por pessoas da terceira idade. Atualmente,
50% desses usuários são pessoas idosas, oriundas
das Unidades Básicas de Saúde, em tratamento
de patologias como hipertensão arterial e diabetes,
que são beneficiadas com o programa de atividades
físicas. “Pensando nesse público, foram
criadas duas unidades piloto, uma no Parque do Carmo (zona
leste) e outra na Lapa (zona oeste).”
Ele explica que as pessoas vão às unidades
para praticar atividades esportivas, porém a referência
e a contrarreferência, com encaminhamento médico,
ainda não existem. “Nosso esforço tem
sido provar que a atividade física é atividade
de saúde e pode ser para todos. Para ajudar a melhorar
a qualidade de vida, mas também para auxiliar no
tratamento das pessoas, principalmente os portadores de
doenças crônicas. Isso tratado em escala pode
ter um grande impacto na saúde pública, na
economia da saúde.”
O secretário informa que, devido à relevância
desse projeto, o plano de metas da prefeitura prevê
a instalação de 200 unidades do Clube-Escola
até 2012. Também está em andamento
a criação do Clube-Escola Unifesp, onde, além
da prática esportiva, a comunidade e as crianças
que frequentam o Clube-Escola terão acesso a um ambulatório
de medicina esportiva.
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SPDM cria gerência de novos negócios |
A SPDM
– Associação Paulista para o Desenvolvimento
da Medicina criou recentemente uma gerência de novos
negócios com o objetivo de ampliar sua atuação
na área de educação, utilizando a expertise
adquirida em experiências anteriores na área
da saúde. Para cuidar da área foi contratado
o dr. Marinho Scarpi, médico oftalmologista com larga
experiência em administração em saúde,
que inclui a criação e a gerência do MBA
do Instituto da Visão e a publicação
de dois livros sobre o tema. Segundo Scarpi, além de
produzir conhecimento, a nova gerência contribuirá
para a saúde financeira e a sustentabilidade da SPDM,
garantindo o desenvolvimento de outras atividades. “Ganha
aqui, aplica ali.”
O embrião desse processo foi o MBA do Instituto da
Visão, que funcionou entre 2001 e 2007. “Agora
estamos retomando o MBA através da SPDM, graças
ao dr. Rubens Belfort, que na época era presidente
do Instituto da Visão e viu os resultados”, conta
Scarpi.
A partir de maio, em parceria com a Universidade de São
Caetano do Sul, a SPDM abrirá inscrições
para diversos cursos. Serão dois MBAs, um em gestão
de serviços públicos e publicizados e outro
em gestão de serviços de saúde; um mestrado
profissional em administração de Programa de
Saúde da Família, com diploma de pós-graduação
stricto sensu; três cursos de graduação
em tecnologias em gestão hospitalar, em radiologia
e em oftalmologia; além de curso técnico para
cuidadores de idosos e técnico em procedimentos oftalmológicos.
Também estarão disponíveis cursos in
company, na área de administração/treinamento,
como novas opções para ser realizadas nas empresas.
Outra novidade é a criação do Instituto
de Ensino Superior do Hospital São Paulo (HSP). “A
SPDM já deu entrada no MEC para que o HSP possa ministrar
cursos de saúde. O primeiro será o de tecnologia
de administração em saúde, ainda neste
ano.” |
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SPDM evita erros de enfermagem com capacitação e treinamento
intensivos |
A formação
inadequada e a falta de conhecimento e de conscientização
em relação às responsabilidades inerentes
às atividades profissionais são causas de erros
em muitas categorias profissionais e, sobretudo, na enfermagem.
De 2005 a 2010, foram notificados ao Coren-SP 980 casos envolvendo
profissionais de enfermagem (enfermeiros, técnicos
e auxiliares de enfermagem). Só em 2010, 250 casos
chegaram ao conselho, envolvendo 32 instituições
de saúde. Dos casos notificados, 20 resultaram em danos
definitivos e óbito.
Para evitar e reduzir esse tipo de ocorrência, a Associação
Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM), que emprega
cerca de 5 mil profissionais de enfermagem, em dez hospitais
que administra, tem adotado seleção por competência
na admissão, capacitação e treinamento
das boas práticas assistenciais.
Segundo Elizabeth Akemi, coordenadora das diretorias de enfermagem
da Rede de Unidades Afiliadas da SPDM, a equipe de enfermagem
tem como uma de suas responsabilidades ministrar medicamentos
e realizar procedimentos à beira do leito durante 24
horas por dia, representando, dessa forma, uma das áreas
mais suscetíveis a erros em ambientes hospitalares.
O erro no processo de medicação é considerado
em diversos países, o mais frequente na assistência,
pois praticamente todo paciente internado em um serviço
hospitalar, seja em unidades clínicas, seja em unidades
cirúrgicas, recebe medicação diariamente.
Daí a necessidade de um processo de trabalho competente,
responsável e eficaz, executado por meio de um modelo
assistencial de enfermagem bem desenhado que contempla desde
a estrutura (regimento interno, competências, quadro
de pessoal) até o processo (fluxos, normas, rotinas,
manuais) e o resultado (monitorado por meio de indicadores
assistenciais), com vistas à segurança de ambos
– pacientes e profissionais.
Elizabeth considera ainda que durante atividades que envolvem
a medicação existem vários determinantes
que levam ao erro, tais como: a forma como a medicação
está prescrita (letra ilegível, dose, horários,
vias erradas), as interações medicamentosas
e a dispensação errada do medicamento, entre
outros. Assim, é obrigação do gestor
de enfermagem da instituição minimizar ao máximo
as possibilidades de erro, considerando-se iniciativas proativas.
A exemplo disso ressalta-se o plano de aplicação
medicamentoso que inclui todo o processo de administração
do medicamento, desde a prescrição feita pelo
médico e a separação feita pela farmácia
até a administração no paciente realizada
pela enfermagem. A obediência de cada um dos passos
desse plano assegura que o paciente receba o medicamento na
dose certa, com horário certo e em condições
adequadas. Para cada erro existem consequências, desde
as mais leves até as muito graves. Portanto, dentro
desse planejamento existe uma atenção redobrada
quando se trata de drogas de alto alerta, um grupo de medicamentos
que, se administrados de forma errada, podem levar a consequências
muito graves para o paciente. Nesse caso é exigida
a checagem por dois colaboradores de enfermagem antes de sua
administração no paciente. O profissional de
enfermagem, por sua vez, antes de administrar qualquer medicamento,
tem o dever de conferir os seis passos do Protocolo Universal
contra erros de medicação, que são: paciente
certo, droga certa, dose certa, hora certa, via certa e resultado
certo.
A cultura da segurança deve ser incorporada por todos
os profissionais da instituição. Para a equipe
de enfermagem, inicia-se durante a entrevista de admissão
e no período de integração, que dura
aproximadamente 45 dias, quando os principais riscos nos processos
assistenciais são abordados e apresentam-se as medidas
preventivas. “A rotina profissional nas Unidades Afiliadas
da SPDM conta com uma metodologia de trabalho que contempla
um acompanhamento periódico dos enfermeiros realizado
por um supervisor, responsável pela identificação
de dificuldades e pontos falhos da equipe de enfermagem, além
de submetê-la ao processo de educação
continuada com objetivo de melhorias contínuas.”
Profissionais da enfermagem têm de trabalhar com protocolos
de prevenção, respeitando e adotando medidas
rigorosas, a fim de evitar iatrogenias. Tais protocolos devem
ser gerenciados, por meio de busca ativa, monitorando a existência
de tendência ao erro, e deve-se agir rapidamente no
processo para que não cheguem a ocorrer. “Segundo
a Organização Mundial da Saúde, o erro
não é voluntário, porém a violação
é voluntária. Assim, a primeira providência
é identificar, analisar e treinar o profissional para
que não cometa erros”, finaliza Elizabeth.
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SPDM inaugura clínica de saúde da família em
parceria com a Secretaria Municipal da Saúde e a Defesa Civil
do Rio Janeiro |
No início
de fevereiro, a Associação Paulista para o Desenvolvimento
da Medicina (SPDM), em parceria com a Secretaria Municipal
da Saúde e a Defesa Civil do Rio Janeiro, inaugurou
mais uma clínica de saúde da família
na cidade. A unidade, na zona oeste do Rio, foi batizada de
Clínica da Família Samuel Penha Valle', em homenagem
ao médico sanitarista falecido em 1998.
A SPDM, reconhecida pela expertise em gestão de saúde,
é responsável pela administração
da unidade, que conta com três equipes de saúde
da família e uma equipe de saúde bucal, com
estimativa de atendimento a 12 mil habitantes da região,
de segunda a sexta-feira, das 7h às 17h. |
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SPDM na luta contra a sepse grave |
A SPDM
desencadeou uma campanha contra a sepse grave nos dez hospitais
que administra, em parceria com o Instituto Latino Americano
da Sepse (Ilas) e a Associação Médica
Brasileira (AMB). O objetivo da iniciativa é treinar
os profissionais para reconhecer e tratar adequadamente,
e em tempo hábil, os casos de sepse grave –
maior causa de morte hospitalar no Brasil –, algo
em torno de 60%. Estima-se que 400 mil brasileiros tenham
sepse grave por ano, com 240 mil mortes no período,
por choque séptico, principalmente nos hospitais
públicos.
A sepse, conjunto de manifestações graves
em todo o organismo produzidas por uma infecção
por bactérias ou vírus, é reconhecida
pela presença de sinais de resposta inflamatória,
como taquicardia, taquipneia, alteração de
temperatura (pode ser baixa ou febre) e alteração
de leucócitos, que podem evoluir para um quadro agudo,
com falência de múltiplos órgãos
e até morte, se não for reconhecida e tratada
a tempo, ou seja, no máximo até 6 horas após
o início do processo. “A urgência de
tratar um paciente com choque séptico é a
mesma de tratar um paciente infartado, só que a mortalidade
é maior”, alerta a dra. Flávia Machado,
coordenadora da campanha. “Daí a necessidade
de treinar os profissionais de saúde para reconhecer
a sepse, criando protocolos para que esse paciente seja
atendido e medicado em tempo hábil.”
Segundo a especialista, nos hospitais públicos, a
mortalidade por sepse grave nos pacientes admitidos no hospital
via Pronto-Socorro é idêntica à dos
pacientes que fazem sepse durante internação
em Unidades de Terapia Intensiva, devido principalmente
à falta de infraestrutura dos Prontos-Socorros. Os
principais gargalos ficam por conta de problemas como demora
no atendimento e ausência de triagem prévia,
que deve ser feita pela enfermagem para agilizar o atendimento.
“A estrutura dos Prontos-Socorros é que tem
de funcionar direito.”
Para a dra. Flávia, outro problema a ser considerado
é que os usuários de hospitais públicos
tendem a ter saúde mais debilitada, com menor controle
de suas doenças crônicas; portanto, procuram
o hospital em condição pior, além de
chegar mais tarde do que os pacientes dos hospitais privados.
Após uma análise criteriosa dos dados sobre
sepse coletados na instituição, o Ilas orienta
o hospital na construção de fluxos de atendimento
diferenciado para esses pacientes, com ficha de triagem,
protocolo de tratamento, fluxo diferenciado no laboratório
e na farmácia, para antibiótico de primeira
hora (cada hora de atraso na antibioticoterapia aumenta
em 8% a mortalidade), bem como treinamento dos profissionais.
O projeto SPDM, programado para durar dois anos, teve início
pelo Hospital São Paulo, que já está
em fase de intervenção, após o curso
de treinamento que reuniu mais de 200 profissionais de saúde.
Até o momento, o processo já foi implementado
também nos hospitais Municipal Dr. Francisco Moran
(Barueri), Estadual de Diadema, Pimentas Bonsucesso (Guarulhos),
Geral de Pirajussara (Taboão da Serra) e Luzia de
Pinho Melo (Mogi das Cruzes). No Hospital Municipal Dr.
José de Carvalho Florence, em São José
dos Campos, a implementação está prevista
para o final do mês de abril. |
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Hospital de Transplantes de São Paulo (antigo Hospital Brigadeiro)
pode realizar até 636 cirurgias por ano |
Clique
sobre a imagem abaixo para ampliar. |
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Fonte:
Diário Oficial |
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Aconteceu na SPDM |
22/02/2011
Conferência SPDM
Profa. Ana Nemi
Tema: "Hospital São Paulo/SPDM/Escola
Paulista: histórias de gente e gestão"
A primeira conferência SPDM de 2011 foi proferida
por Ana Nemi, professora de história contemporânea
da Unifesp, campus Guarulhos, especialista em pesquisa sobre
história da saúde pública no Brasil
que, nos últimos anos, tem se dedicado a levantar,
recuperar e preservar a memória e a documentação
relativa ao complexo Hospital São Paulo/SPDM/Escola
Paulista.
Fundada em 1933 como sociedade civil de direito privado
sem fins lucrativos, a Escola Paulista de Medicina (EPM),
nas duas primeiras décadas de sua existência,
construiu um hospital de clínicas, chamado Hospital
São Paulo, e uma Escola de Enfermeiras a ele vinculada.
O financiamento das suas atividades, no entanto, sempre
foi objeto de debates. As subvenções para
a operacionalização das atividades do hospital,
vindas das três esferas de poder, mas especialmente
da prefeitura, mostraram-se sempre insuficientes.
Nos anos 1940, os constrangimentos econômicos decorrentes
da Grande Guerra, da suspensão das doações
de amostras de café para venda pela sociedade civil
e do encerramento dos contratos com o Instituto dos comerciários
tornaram a sobrevivência da sociedade impossível.
A possibilidade de incorporar a escola ao patrimônio
federal foi a saída encontrada para sua sobrevivência.
O processo que levou à federalização
em 1956 não incluiu o hospital e a Escola de Enfermeiras,
ambos continuaram a ser geridos pela sociedade civil que
passou a se chamar Sociedade Paulista para o Desenvolvimento
da Medicina (SPDM). A Lei Federal no 2.712/1956, que normatizou
a federalização, indicava claramente que a
“entidade mantenedora do Hospital São Paulo”
deveria assegurar a “utilização de suas
enfermarias gerais, instalações e equipamentos,
independente de qualquer indenização”
para o ensino das clínicas na escola. Assim, partida
ao meio a sociedade civil fundada em 1933, suas duas metades,
uma pública e outra que se manteve privada, deveriam
encontrar os caminhos legais de sua convivência. Os
anos 1960, 1970 e 1980 conheceram a ampliação
do hospital e o desenvolvimento das atividades de pós-graduação
da escola em meio às tensões e imbricações
decorrentes da federalização da escola e da
necessidade de manter as duas metades partidas em constante
diálogo, necessidade colocada pelos termos da lei
referida. A busca de financiamento para as atividades de
assistência, ensino e pesquisa sugeria a aproximação
da escola e do hospital, fato que levou à definição
de uma parceria público-privada a partir da gestão
do hospital privado pela escola pública. “É
interessante ressaltar que os associados da SPDM, gestora
do hospital, são majoritariamente os professores
da escola”, lembra Ana.
As imbricações e tensões entre as duas
metades seriam inevitáveis. O hospital sempre dependeu
de financiamento para a operacionalização
de suas atividades. A formação do complexo
previdenciário no Brasil, a partir da criação
do INPS, depois Inamps, não resolveria esse problema,
que de resto é da saúde pública brasileira
como um todo. Os pagamentos atrasavam, além de serem
sempre abaixo do custo efetivo das operações
e dos procedimentos realizados, criando um rombo nas contas
do hospital, problema que a criação do SUS
não resolveu ainda. Por outro lado, como a escola
era responsável por parte das verbas de operacionalização
do hospital, muitas vezes retinha parte dessas verbas. As
tentativas de federalização do hospital sempre
foram derrotadas, fato que se explica em boa medida pela
lógica do sistema de saúde brasileiro: o governo
comprando serviços da rede privada, filantrópica
ou não.
Nos anos 1980, com a extinção da diretoria
autônoma da SPDM, as imbricações entre
as duas metades da sociedade civil partida em 1956 se aprofundariam
ainda mais: o diretor da escola passava a ser, também,
o presidente da SPDM. Todas as partes autônomas, como
almoxarifado e contabilidade, passaram a ser geridas conjuntamente
dentro da escola. A escola passou a gerir o hospital diretamente.
Essa junção criou uma parte dos problemas
que estão aí hoje. O processo de expansão
da SPDM foi, também, construído dentro da
escola, pelos grupos políticos que a estavam gerindo
na época.
“Nos anos de refluxo do poder público, os anos
do governo FHC, a parceria que procuro explicitar foi muito
importante”, diz Ana. Os reflexos negativos foram
menores na escola porque a SPDM era um bom respiro. Era
um lugar de onde era possível movimentar verbas e
contratar funcionários, o que não acontecia
nas outras universidades. Como filantrópica de direito
privado, podia contratar, aumentar o tamanho do hospital,
sem sofrer tanto as injunções do poder público.
“A atual fase é complicada, porque é
preciso solucionar os problemas sem destruir o que foi construído.
Colocar em ordem, estabelecer normas e revestir a parceria
com uma previsibilidade jurídica, para garantir sua
continuidade, evidentemente se for do interesse da comunidade.
Como historiadora, posso apenas apontar os meandros da experiência
construída”, finaliza a historiadora.
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Profa.
Ana Nemi |
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Dr.
José Roberto Ferraro, superintendente do Hospital São
Paulo/SPDM |
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Dr.
José Carlos del Grande |
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Dr.
José Carlos Prates |
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Dr.
Hélio Egydio Nogueira |
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Anote na sua agenda |
26/04/2011
Conferência SPDM
Jornalista Joelmir Beting
Tema: “Economia em Saúde”
Onde: Anfiteatro do Hospital São Paulo
Rua Napoleão de Barros, 715 – 15º andar
– Vila Clementino
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